Esta semana me deparei com um livro na casa de uma aluna chamado: Compreendendo seu filho de 7 anos. Junto com ele, diversos da mesma coleção, falando de outras idades. Resolvi escrever este post a respeito dos 7 anos de idade e os desafios e oportunidades que aparecem neste ponto da vida de uma criança baseando-me neste livro. Ele foi escrito por Elsie Osborne da Clínica Tavistock, que surgiu em 1920 com o intuito de auxiliar famílias a se regenerarem após a Primeira Guerra Mundial.
Compreendendo seu filho de 7 anos
Este post é um resumo do livro que leva o título acima, de algumas partes que considerei pertinentes para a relação em casa. Os 7 anos de idade são realmente decisivos. Na verdade o percurso até os 7 anos é o mais decisivo. O 7 anos são uma época de colheita, no sentido de se perceber e desfrutar do amadurecimento conquistado. E também é o momento de plantio, uma vez que agora contamos com um aparelho cognitivo bem mais elaborado, sendo que uma das principais oportunidades desta época é o desenvolvimento da escrita e da leitura.
Tornando-se independente
A criança de 7 anos começa a compreender a si mesma e aos outros com mais facilidade. Além de conseguir fazer suas tarefas pessoais sozinha, também possui a capacidade de compreender pontos de vista diferentes do seu. Isso torna esta criança independente no sentido emocional, pois racionalmente falando possui a clareza de que é um indivíduo entre tantos outros.
Mas esta separação entre si mesmo e os outros também gera desafios, como quando a criança passa a se comparar com os colegas de forma mais enfática. O desempenho na escola é um dos mais imediatos motivos de comparação.
O domínio da linguagem e o raciocínio lógico
Ler e escrever se tornam a base de toda a construção do conhecimento na escola. Alguns apresentarão mais facilidade do que outros e é importante a presença dos pais, amparando-os nestes novos desafios da escola.
O amadurecimento do raciocínio lógico faz com que a criança domine os procedimentos da linguagem e muito importante: Faça distinção entre o mundo real de sua imaginação.
Comportamento e liberdade
A personalidade aos 7 anos já está formada, isto significa que é saudável buscar respeitar o modo de pensar daquela criança, deixando que ela aprenda pelas consequências de seus próprios erros.
Mas ainda é tempo de aparar arestas também. Nesta idade é bastante comum as crianças preferirem brincar com outras crianças e excluírem os pais. Aliás, os pais continuam sendo alvos dos sentimentos mais tempestuosos das crianças nesta idade.
E acentua-se a distinção entre os gêneros, de forma que as brincadeiras também vem fortalecer a identidade feminina ou masculina. As crianças desta idade observam muito o mundo e a vida dos adultos, até mais do que pode parecer. Por isso nosso lugar de “espelhos” de nossos filhos se acentua e com ela nossa responsabilidade:
“(…) as crianças de sete anos tem dificuldades em lidar com sentimentos contraditórios, mas nós podemos ajuda-las a entender que no mundo real ninguém é totalmente bom e nem totalmente mau. Os contos de fada continuarão a ter sua função de assegurar às crianças que o bem pode triunfar.” (p. 47).
Independência e controle
Nesta idade já se pode esperar uma obediência maior à necessidade de disciplina. É possível ensinar por meio de argumentos, conselhos e as exigências dos pais podem e devem ser no sentido de responsabilização perante a ordem da casa e do papel de cada um na família.
Porque esta idade é tão importante para mim?
Eu ainda não tenho filhos de 7 anos, minhas filhas mais velhas estão com 4. Mas crianças com esta idade são bem presentes na minha vida. Dou aulas de violão para crianças a partir dos 5 anos. Mas é aos 7 que noto claramente uma facilidade de abordar o instrumento com desenvoltura. É uma idade onde eu noto claramente esta mudança. Por isso eu quis abordá-la aqui, pensando nos pais cujos filhos se aproximam desta idade podendo se beneficiar com estas reflexões.
Deixe sua contribuição, perguntando ou trazendo novas reflexões, o que será benéfico para outros pais que também nos lêem.