Batidas no violão: os vários níveis e como aprimorar!

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As batidas no violão são técnicas pelas quais todo violonista passou ou deve passar. Seja para tocar música pop, para fazer o violão de um arranjo de rock ou até mesmo para tocar um contínuo na música barroca, a batida está comumente presente. É ela que traz ao som do violão uma dimensão mais rítmico-percussiva, podendo preencher um espaço rítmico que, de outra forma, só poderia ser preenchido por um instrumento percussivo. Podemos, aliás, dizer que a batida é, assim como diversas outras técnicas do violão, a simulação/imitação de uma banda, já que, por meio de uma boa batida, o músico é capaz de produzir um ambiente dançante e alegre.

De início, é importante observarmos o papel de cada uma das mãos na técnica da batida (caso você seja canhoto e esteja utilizando um violão próprio para tal, apenas considere o que falei para a mão esquerda como sendo referente à mão direita e vice-versa).
Podemos dizer que a mão esquerda, primeiramente, em uma música “batida”, cumpre 2 papéis:
1) Formar os acordes (harmonia).
2) Fazer possíveis abafamentos (veremos isso melhor adiante).

Enquanto isso, a mão direita é responsável por:
1) Fazer a batida propriamente dita.
2) Fazer possíveis abafamentos também.

É necessário que tenhamos feito esta observação, já que a técnica da batida não concerne unicamente à mão direita, mas consiste, no fundo, em um movimento coordenado entre ambas as mãos. No entanto, nos concentraremos aqui no papel desempenhado pela mão direita, que se divide em 3 funções: tocar para baixo, tocar para cima, abafar.

Para melhorar a compreensão, nos referiremos ao “tocar para baixo” como A e ao “tocar para cima” como B.

É importante também que você toque com os dedos i m a quando for bater para baixo e com o dedo polegar (com o lado da unha) quando for bater para cima. O movimento para baixo é como um “peteleco” com os dedos i m a, enquanto que o movimento para cima é uma deslizada da parte de trás do polegar pelas cordas.

Dito isso, vamos aos níveis:


Nível 1 (batidas simples):

Neste nível, você será capaz de tocar batidas simples, inicialmente tocando só A (para baixo) e, depois, com combinações simples de A e B (para baixo e para cima). Veja abaixo algumas dessas combinações, em ordem de complexidade e com seus respectivos arquivos de áudio (o A é o som grave e o B é o som agudo, ou seja, quando for som grave, bata para baixo, quando for som agudo, bata para cima):

1) A, A, A, A

2) A, A, B

3) A, B, A

É melhor falar A/B do que cima/baixo! E, se possível, fale A, B enquanto toca as batidas no violão!


Nível 2 (batidas pop):

É aqui que o som começa a ficar mais interessante, porque o ritmo passa a ser menos “duro” (isso se deve à presença de síncopas, mas não se preocupe com isso ainda, só tente tocar junto aos áudios). OBS: Lembre-se que o som grave é A e o som agudo é B.

1) A, A, B, B, A

Você pode tentar também uma pequena variação desta sequência:
2) A, A, B, B, A, B

batidas violao
As batidas no violão envolvem ambas as mãos! Lembre-se disto!


Nível 3 (batida pop com abafamento e batidas mais complexas):

Neste nível, introduzimos os abafamentos, que consistem em, como o próprio nome diz, abafar as cordas. Conforme dito anteriormente, podemos abafá-las tanto com a mão direita quanto com a esquerda. 

Abafando com a mão esquerda, basta que você relaxe os dedos, deixando-os somente encostados nas cordas, sem realmente pressioná-las, porém relaxando-os de uma tal maneira que encostem também nas outras cordas que não estavam pressionadas, abafando-as também. Você também pode utilizar o polegar para abafar a corda mizona.

Abafando com a mão direita, você deve tocar como toca normalmente (“peteleco” com i m a para baixo e deslizada de polegar para cima), porém tocando isto com parte da palma da mão encostada nas cordas. Experimente, para isto, tocar o “peteleco” e a deslizada de polegar para cima mantendo a mão encostada nas cordas (você não deve tirar a mão para tocar, mas tocar enquanto mantém ela encostada).
Observe que você não precisa escolher entre um e outro, mas pode utilizar ambos, a fim de conseguir uma sonoridade abafada mais eficiente.

Representaremos, em áudio, a abafada para baixo (A) como um som grave e curto e a abafada para cima (B) como um som agudo e curto.

1) A, A, B, B, A

2) A, A, B, B, A, B

Neste nível, você começará também a explorar suas próprias combinações, tendo elas abafamentos ou não. Veja, a seguir, um exemplo de combinação mais complexa:

3) A, A, B, A, A, B, B, A, A, B, A, B



Batidas no violão podem ser bem simples ou realmente complexas e difíceis, porém uma coisa é certa: é necessário que você caminhe gradualmente no desenvolvimento desta técnica, e o melhor para se desenvolver da maneira correta, evitando frustrações, stress e brechas no aprendizado, é um bom método, não é mesmo? Por isso (e para isso), Ricardo Novais criou o curso MOVI, disponível aqui mesmo, no site Amigo Violão, onde você disporá que aulas meticulosamente gravadas, que lhe darão o caminho correto no aprendizado do violão. Quer saber mais? Clique aqui!

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