10 ERROS QUE DEVEMOS EVITAR AO DAR AULAS DE VIOLÃO

10 ERROS QUE DEVEMOS EVITAR AO DAR AULAS DE VIOLÃO

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Vou te mostrar os 10 principais erros para você evitar ao dar aulas de violão.

Não me considero um professor melhor do que ninguém para lhe dizer estas coisas. Mas sim, passo todos os meus dias, há muitos anos, dedicado a este assunto. Sendo assim, espero contribuir e muito com meus queridos colegas Professores de Violão!

Ser um professor de violão pode parecer uma tarefa banal, uma profissão passageira. Isso, na opinião daqueles que valorizam, na carreira musical, apenas o palco. Conheci inúmeros professores de violão e percebi que muitos estão enganando seus alunos e a si mesmos. Basicamente por duas razões principais:

1 – Amadorismo, por ser um músico sem treinamento e formação suficientes;

2 –  Amadorismo, por ser um músico excepcional, mas sem ter tesão e competência pelas aulas de violão.

O amadorismo é, portanto, o que melhor descreve um músico que dá aulas apenas para ganhar um sustento sem se desenvolver para isso. Vamos destrinchar este assunto hoje.

Seja você um músico fantástico e talentoso, ou simplesmente quer ter uma renda com o violão, este texto é exatamente pra você! Não há nada de errado em querer dar aulas de violão e viver disso. Mas é sim, preciso dar o real valor a esta profissão.

Vamos aos 10 erros que devemos evitar ao dar aulas de violão:

1 – Se esconder atrás da paciência.

É claro que a paciência nunca deve ser considerada um defeito. É uma qualidade indispensável aos professores. O problema é quando a ausência de um material adequado de ensino precisa ser camuflada pela paciência. Ou seja:

Muitos professores não possuem um conteúdo gradual o suficiente para que os alunos progridam suavemente. Com isso, o instrutor recorre à sua “paciência”. Passa a “esperar o tempo do aluno”, frequentemente em músicas acima do nível desejado. E assim a excelência jamais é alcançada.

2 – Não saber dar aulas de violão para crianças.

Saber atender bem as crianças representa uma garantia de público pelo menos 50% maior. As crianças são um público numeroso e fiel. Além disso as crianças são as últimas a perderem suas atividades quando a vida financeira das famílias passa a sofrer.

Mas não se trata apenas de saber aproveitar este mercado. É preciso também ter muito claro que:

1 – Crianças tem mãos menores e mais fracas e isso requer repertório apropriado.

2 – Crianças tem uma necessidade de conteúdos mais concretos e menos abstratos.

3 – Conteúdos bons para crianças te salvarão quando você estiver com alunos adultos também. Falo daqueles sem talento ou com dificuldades acima da média em alguns pontos.

A boa notícia é que dar aulas para crianças não é difícil. Apenas requer repertório adequado. E você pode se informar acerca disso, inclusive aqui no Amigo Violão, onde já auxiliamos mais de 600 professores de violão.

3 – Trabalhar o violão apenas como um instrumento de acordes.

Falando ainda das crianças, e também os mais iniciantes: É nestes casos que a ideia de que o violão serve apenas para tocar acordes, se mostra mais frágil.

Os acordes, mesmo os mais fáceis, como o Em, A, D, etc, requerem força e tônus muscular. Muitos vícios que encontro em alunos que vieram de outros professores, são resultado desta força excessiva. É desaconselhável usar técnicas que requeiram força antes da implementação de princípios técnicos claros.

Você é o responsável por nortear a técnica do seu aluno!

Talvez você pense que iniciar sem acordes requeira muita sofisticação. Seja saber ler partituras, conhecer teoria ou ter um diploma. Mas o fato é que as melodias são as coisas mais fáceis de tocar no violão.

E a principal razão disso é que os dedos da mão esquerda são usados um de cada vez. Assim o aluno fixa sua atenção no que importa. E muito importante: É algo que será bem tocado! Tocar uma melodia, ainda que muito simples, representa fazer música, sem sequer precisar saber cantar afinado. O resultado é mais imediato e compensador. Eu uso esta estratégias com crianças em praticamente todas as aulas.

E isso nos leva ao erro número 4:

4 – Não ter princípios técnicos claros ao dar aulas de violão

Certas coisas são simples, mas quando explicadas demais até ficam complicadas. A técnica do violão é uma delas. É preciso apresentar os princípios técnicos de forma bem fácil de ser entendido. Até as crianças precisam ser capazes de pegar imediatamente. Dois exemplos disso são o Princípio do Coração e do Apontando o Lápis. Sua atuação como professor de violão poderá ganhar muito com isso.

Eu costumo dizer para os professores de violão em treinamentos: “A técnica é tudo mas não fale sobre ela”. Ao dar aulas de violão, sempre lembre da técnica. E ao mesmo tempo procure fazer com que ela esteja sempre a serviço da música.

5 – “Amarrar” conteúdo ao dar aulas de violão

Amarrar conteúdo é simplesmente aquela atitude que impede você de ser o melhor que você pode. Quem entrega o seu melhor é aquele professor que mais será lembrado. Isso é dar aulas de violão com amor!

A generosidade e a humildade de algum dia poder dizer “não tenho mais nada pra te ensinar” é sublime. Responda a sim mesmo o que você prefere: segurar o seu melhor conteúdo apenas para si ou dar o melhor e estar sempre se aprimorando e estudando? O que atrairá mais prosperidade para você?

Todos já sabemos a resposta.  O importante é refletirmos: Estamos dando o que temos de melhor?

6 – Se recusar a ensinar uma música por questão de estilo musical.

Eu não apenas detesto sertanejo, mas considero que gostar de sertanejo (universitário, Bruno e Marrone, etc) é um forte indício de morte musical.

Mas mesmo assim, se eu tenho um aluno que gosta de sertanejo, estou super disposto a ensinar a ele algumas músicas do seu gosto. Ao mesmo tempo, introduzo repertórios diferentes aos poucos. Penso assim também com relação a músicas religiosas ou qualquer outro estilo, desde que eu me considere capaz de passar aquela música para o aluno. Outra vantagem disso é que estou sempe aprendendo!

Antes da música, devemos valorizar nossos alunos, acima de tudo. Quando seu celular tocar durante a aula e seu aluno disser “pode atender”, aproveite e diga:

Você é a coisa mais importante pra mim agora.

7 – Não estar disposto a abrir mão do próprio método

Eu fiz um método, o Amigo Violão, e o ensino para centenas de professores. Aliás eu não o fiz! Estou constantemente o aprimorando e expandindo. Eu realmente acredito neste método. Mas há casos em que vejo a necessidade de deixar meu método em standby.

Dar aulas de violão não é como uma linha de produção. Já tive alunos idosos, autistas, com TDAH. E também alunos com saúde normal, onde vi que eu poderia abrir mão do meu jeito costumeiro de ensinar e entregar o que lhes melhor agradava em determinados momentos.

Eu sinto o mesmo ao dar aulas de violão para minhas filhas. A intimidade com elas me faz expandir meu modo de encarar as coisas.

Podemos cada vez mais ter uma certeza:

É impossível agradar a todos. E por isso mesmo precisamos ter cartas na manga ao dar aulas de violão!

Este aprendizado vem me mostrando a necessidade de, durante minhas aulas de violão, lançar mão da criatividade e compor músicas especialmente para meus alunos, falando daquilo que os move. Dinossauros, amigos, montanhas russas, brincadeiras… As crianças nos fazem milagres.

8 – Querer se diferenciar por preço baixo

No frigir dos ovos, o preço baixo ou alto não sustenta ninguém que não saiba realmente como dar aulas de violão. Mas não é justo com a concorrência, tampouco com a própria pessoa que tem esta postura.

O preço é um de seus cartões de visitas.

Como saber qual preço cobrar por suas aulas de violão?

Saber dar um preço dentro do mercado é muito simples. Basta pesquisar os valores das escolas de música de sua região e cobrar de 40 a 10% menos.

Acontece que o valor financeiro de qualquer produto ou serviço é muito subjetivo. Reflita sobre qual preço te faz se sentir bem consigo mesmo. Qual é o preço que, ao ser dito, não te dá incômodo.

9 –  Encarar seus alunos como uma cópia de você

Certa feita, durante uma palestra minha, eu estava falando sobre cada aluno ser diferente. E ouvi um professor Suzuki dizer: “O que eu quero é que meus alunos tenham o mesmo gosto musical que eu”.

Você tem ideia de como esta forma de ver o mundo é limitada e até mesmo autoritária? Nosso objetivo, assim como o de qualquer professor de artes, é sensibilizar! É expandir o conceito que nossos alunos têm acerca da música.

Cada um desenvolverá, naturalmente, novos gostos musicais. E o nosso objetivo é formar músicos, não alunos antigos. Que satisfação eu sinto, ao ver um ex aluno no palco, tocando por seu próprio mérito as coisas que ele gosta.

10 – Passar uma aula inteira na mesma música

Sei de professores que passaram 5 aulas ensinando apenas uma mesma música para um aluno. É claro que esta não é uma estratégia boa. Reflete apenas o primeiro dos 10 erros que coloquei neste post. Isso é abusar da paciência dos alunos. Reflete ausência de métodos e de conhecimentos sobre o que está sendo ensinado ao dar aulas de violão.

Uma aula é um momento de estudo e não de ficar massacrando os dedos e a cabeça com um único assunto. Quando um aluno está tendo dificuldades com um acorde ou um trecho musical, o melhor a fazer é encontrar outras músicas ou exercícios que servirão de degraus para aquele primeiro.

Conclusão:

Dar aulas de violão é uma atividade complexa e que exige amar o que se faz. Como qualquer outra profissão, a profundidade com que a exercemos depende de cada um de nós!

Se você quer ter métodos eficientes para ensinar violão, convido você a conhecer o Amigo Violão Academy:

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