Velho para aprender? 3 crenças que estão te boicotando

Velho para aprender? 3 crenças que estão te boicotando

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Parece ser um consenso que ao aprender qualquer atividade na fase adulta é mais difícil. Que resultados extraordinários estão reservados apenas àqueles que iniciam na infância e de que os grandes gênios da música, do esporte e outras atividades que envolvem treinamento tenham tido necessariamente uma imersão desde a infância . E sabe o pior? A ideia de que o talento individual é o único determinante deste sucesso. Você já ouviu falar da “Crença do Elefante”, a “Crença da Piranha” e a “Crença Popular”? Se não, leia até o final pois para se libertar é preciso conhecer.

Mas afinal, o que é uma crença?

Uma crença, segundo Tony Robbins, um dos mais importantes coaches do mundo, é uma permissão ou uma proibição. Para facilitar veja o exemplo: Um jogador de golf que tem a crença de pode jogar extremamente bem, se torna um campeão, pois esta crença dá a permissão para que isto se concretize. Isso quer dizer que agimos por intermédio de nossas crenças e somos diretamente influenciados por elas.

Da mesma forma, pessoas que apresentam dificuldades para usar um computador, possuem crenças limitantes em relação a este assunto. Acreditam que não é para elas, ou que é difícil, inútil, ou que faz mal para a saúde mental. Seja qual for a crença, ela representa uma proibição para que aquela pessoa aprenda a usar um computador.

As crenças limitantes que você verá abaixo foram descritas pelo Coach Norte-Americano Michael Niell, e acredite meu amigo, elas têm muito a lhe ensinar:

#1 – Velho para aprender – “Crença do Elefante”:

muito-velho-pra-aprender-elefantesImagine um elefante bebê. Ele ainda é pequeno, fraco e indefeso. E alguém foi capturá-lo para levar ao zoológico. Amarraram suas patas com uma corda e ele ficou ali preso sem ter forças  para se soltar.

Imagine que o aprisionamento das suas pernas durou poucas horas. Elefantes vivem até os 120 anos, portanto aquelas poucas horas não deveriam significar muito mas durante aqueles momentos, ele se deparou com a sua fraqueza, por não ter forças para arrebentar aquela cordinha.

Agora ele cresceu e se tornou um Elefante adulto. Tem um porte físico com o qual seria capaz de se desfazer de uma corda bem mais forte do que aquela que foi usada para prendê-lo na infância. Porém elefantes têm uma memória boa e ele se lembra como se fosse hoje da agonia de estar preso e indefeso, sem conseguir reverter a situação. Mesmo sendo grande e forte, ele ainda guarda a sensação de fraqueza  ao ponto de acreditar ser fraco ainda.

Se alguém mostrar uma corda como aquela para ele o seu sentimento de medo virá à tona, junto com a sensação de impotência. Todo o trauma que foi instalado em sua consciência retornará instantaneamente.

Mas ele não sabe que na verdade seria capaz de destruir até mesmo os elos de uma corrente. Na realidade sua capacidade é enorme. Ele tem a força, mas não tem a confiança. Esta é a crença do elefante. O mesmo acontece conosco quando recebemos estímulos negativos e limitantes na infância: Pensamos não ser capazes de realizar determinadas coisas que na verdade estão ao nosso alcance.

Exemplos práticos:

  • Se, por timidez, deixamos de apresentar um trabalho na escola, podemos passar a vida inteira acreditando que não conseguimos falar em público.
  • Ao sermos ignorados por amigos “populares” na escola podemos passar uma vida nos identificando com o nosso lado fraco, que nos impede de exercer liderança e sermos empreendedores.
  • Por ter sido sedentário na infância cria-se uma auto imagem onde a prática de esportes não entra e não se desafia a construir novos hábitos saudáveis na vida adulta.

Seja qual for o trauma ou o motivo, lembre-se que o elefante cresce e fica forte. Seja qual for o trauma da infância, se você está aqui, é porque é maior do que ele. Reconheça seu amadurecimento e supere aquilo que te prende!

#2 – Velho para aprender: “Crença da Piranha”:

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Onda da Piranha – Thaimir Paranayba. Grafite. Clique na imagem para visitar o site.

A piranha é um peixe que come carne. Foram feitos experimentos com algumas dentro de um aquário e este aquário foi dividido em duas partes por uma parede de vidro. Dessa forma a piranha podia ver o outro lado, onde era colocado um pedaço de carne.

Ao nadar em direção à carne a piranha batia no vidro. Ao acontecer isso duas ou três vezes, a piranha simplesmente desistia, como quem diz: “Não é para mim”.

Mas ela não sabe que há maneiras de chegar do outro lado, porque ela não procurou passar perto da parede do aquário, onde poderia haver um espaço. Ela também não tentou pular, ou unir forças com outras piranhas para quebrar o vidro, apenas aceitou a impossibilidade e desistiu.

O que acontece conosco, humanos, é que ao nos frustrarmos duas ou três vezes, alguns simplesmente chegam à conclusão de que não é para eles, e não apenas isso,como no exemplo da piranha, algumas vezes fazemos a mesma coisa várias vezes esperando alcançar resultados diferentes.

Veja estas duas citações:

“Burrice é fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes” (Albert Einstein)

“Um homem será prisioneiro em uma sala com a porta destrancada, se esta porta só abre pra dentro e nunca ocorrer a ele empurrar ao invés de puxar” (Ludwig Wittgenstein)

Podemos dizer que as situações acima demonstram com “clareza a crença da piranha” e seus efeitos na vida do homem.

 

Exemplos práticos:

– Desistir de aprender violão, porque não conseguiu tocar Stairway To Heaven no primeiro mês de aula.

– Desistir de abrir sua empresa por ter quebrado uma ou duas vezes.

– Acreditar que um bom casamento é impossível por ter chegado ao fim de alguns namoros.

#3 – Velho para aprender: “Crença Popular”:

muito-velho-pra-aprender-bla-bla-blaA crença popular é uma categoria ampla que inclui tudo aquilo que é dito ao nosso redor e pela simples repetição da informação acabamos acreditando nela. Pode ser mentira ou verdade, mas guardamos no subconsciente porque ouvimos dos pais ou na televisão ou na escola.

Antigamente se acreditava que o sol girava em torno da terra,  esta era uma crença popular e foram precisos muitos anos para mudar esta forma de ver o mundo. Há pessoas que acreditam que o mundo está piorando, porque ouviram isso dos pais. Outras acreditam no contrário, pela mesma razão e terão argumentos para isso. A verdade é que crenças populares como essas surgem o tempo todo para todo mundo.

Outro tipo de crença popular é quando uma mãe diz:

“Esse menino não tem jeito”.

“Ele tem dificuldade de concentração”.

São falas que devem ser refletidas antes de serem ditas, pois a criança que as ouve está sujeita a acreditar nelas pelo resto da vida. Temos ideias, não apenas a respeito do mundo, mas sobre nós mesmos, absolutamente desnecessárias e até mesmo nocivas que inconscientemente herdamos daqueles que nos amam: Nossos pais. É necessário aos pais saberem filtrar muitas coisas antes de falar com os filhos.

Vale a pena repensar o que dizemos perto das crianças e também estarmos sempre vigilantes e reavaliando nossas próprias crenças.  Você que leu até aqui realmente demonstra que quer se aperfeiçoar como pessoa. Sabe que mudando primeiramente a si mesmo é que se muda o mundo. Que tal compartilhar conosco sua opinião sobre esse post? Ela pode ser valiosa para outros leitores.

Velho para aprender que nada!

Questionar a própria idade quando o assunto é realizar um sonho é o mesmo que questionar qualquer coisa irrefutável, como a gravidade. Não adianta dizer que a gravidade não existe. Também não adianta questionar se você está velho para qualquer atividade que seja, pois não há outra pessoa para fazê-la por você.

Portanto, independente da sua idade, você está vivo. Com esforço e força de vontade pode fazer qualquer coisa. E aqueles jovens que acham que estão velhos? Já vi uma pessoa se queixar porque estava com 25 anos de idade, se achando velho para começar a faculdade de medicina…Sério! O que quero dizer é que por muitas vezes os principais obstáculos são aqueles que estão em nossa cabeça.

Estou dizendo isso porque é preciso sempre desconfiar de nós mesmos. Se esse aí tem essa ideia tão engraçada de velhice, quem garante que você também não está exagerando? Muitas vezes, ao colocar a culpa na idade, aconselho que se faça a si mesmo os seguintes questionamentos:

  1. Eu quero mesmo aprender esta nova habilidade?
  2. Eu estou disposto a me dedicar e incorporar algo novo na minha rotina, assim como um menino de 12 anos precisaria fazer, porém com a ajuda da mãe?
  3. Eu estou disposto a parar de apontar o dedo e ser responsável pelos meus desejos?

Se a resposta for não para qualquer das três perguntas acima, na verdade você não tem problema com a sua idade, e sim com a identificação do verdadeiro querer.

Se você leu até o fim imagino que este conteúdo deve ter feito você refletir. Compartilhe sua experiência conosco via comentários, ela pode incentivar outras pessoas.

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